Ontem fomos ao teatro coisa que fazemos não tantas as vezes as desejadas. A peça “Casal da Treta” com José Pedro Gomes e Ana Bola está em exibição em Lisboa no Teatro Villaret até março.
O texto de Filipe Homem Fonseca, Mário Botequilha e Rui Cardoso Martins e encenação de Sónia Aragão, é inferior ao das peças anteriores como a Conversa da Treta e filho da Treta. Apoiada na suposta vida em comum do casal brinca com várias questões da atualidade como a “igualdade de género”, com as telenovelas, com "o bairro onde vivem” e com alguns traços de humor e crítica política passando por temas como fitness e sexo que fazem desprender gargalhadas.
Olhando para a assistência lamenta-se a exígua assistência da juventude que parece ter apostado em abandonar o teatro de qualidade nas suas diversas vertentes.
Os jovens parecem preferir a bandalheira dos espetáculos de “stand-up” onde o riso fácil é soltado pela ordinarice das asneiras sucessivas e descontextualizadas com base em anedotas soltas teatralizadas, sendo, algumas, apenas clichés déjà vu.
Esses pseudoatores e pseudo-humoristas de stand-up que começaram a proliferar por aí, alguns deles promovidos por alguns canais televisivos que não primam pela qualidade cultural. Este tipo de espetáculo não é inovação em Portugal, já foi protagonizado em vários sketches desde 1961. Enchiam-se salas de teatro para ver, ouvir e rir a bandeiras despregadas sem o recurso à ordinarice desbragada.
Não eram anedotas tiradas daqui e dali e interpretadas a belo prazer do intérprete, eram textos escrito com princípio meio e fim.
Se pensam que sou militante dum puritanismo com moralismos empedernidos estão muito enganados(as). Sou pela qualidade e pelo apoio aos bons atores e não aos atores de esquina e de café de bairro que contam “anedotas porcas” para fazem rir os seus amigos lá do sítio. Não menciono aqui nomes para não me falhar algum e não pretendo ofender outros que terão com certeza qualidade e que saem do grupo a que me refiro.
O que lamento é que a juventude siga esses forjados atores/humoristas(?) enquanto atores credenciados procuram, por vezes, em desespero trabalho.
Meus meninos e meninas deixem de sustentar essa gente oportunista que se lançam pelo youtube e pensam que são os maiores do humorismo português lá por que lhes colocam likes e fazem visualizações aos milhares. Deixem de ser cromos utilizados por esses autointitulados humoristas e vão ao teatro verdadeiro.
Vejam só, até pipoqueiras nomeadamente a autodenominada “A Pipoca Mais Doce” em setembro, para aí mais ou menos, lançou-se novamente a fazer comédia Stand-up. Atritos houve na altura por causa desta treta porque foi notícia no meio que, devido ao nome que a dita pipoca resolveu dar ao nome do seu “show” a ideia parece “não ter sido na altura bem recebida por dezenas de internautas, que se mostraram desagradados com o nome que ela escolheu para o seu espetáculo - 'Sou Menina P'ra Isto'. A causar revolta está o facto de Ana Garcia Martins ter optado por um nome muito semelhante ao de uma recente websérie de Salvador Martinha - 'Sou Menino Para Ir'.
Enfim, é uma forma de ganhar a vida à custa da piada fácil e corriqueira que certo de tipo de público corre a pagar para que o seu(sua) ídolo viva bem. Há ainda as moderníssimas webséries, outra forma de ganhar a vida com apenas algum tempo e esforço. Há sempre quem pague para ver. Há gente para tudo!
P.S.: Não incluo nesta crítica os poucos e bons autores humoristas e intérpretes de stand-up de Portugal que felizmente também os há dos quais me escuso de dizer os nomes para não causar ciumeira aos outros. Cada um que assente a carapuça que lhe sirva.
Há gente para tudo. Há gente para ver todo o tipo de espetáculos, de qualidade duvidosa que enchem salas e se voluntaria para ser otária.
Da idiotice à desmesurada patetice dos “espetaculares” espetáculos ao vivo, sim, eu sei meus(minhas) caros(as) eruditos(as), é uma redundância, promovidos via essa “inaudita” comunicação social televisiva.
Enchem-se salas e assiste-se nas televisões a programas de pretensas audiências que implodem com programas medíocres. Um dos que é exibido na RTP1 que dá pelo nome de Prova Oral que, se ainda se tolera na Antena 3, é execrável para televisão. Por via disso torna-se também execrável esse senhor que se acha humorista e que dá pelo nome de Alvim que, por acaso, até tem graça em alguns programas.
Tudo serve para fazer graça e se tornar engraçadinho. Lutam pela sobrevivência profissional através da procura do que seja viral nas redes sociais e no Youtube.
Vão procurar nas redes sociais e no Youtube espertinhos produtores de “virais” para, depois, os recuperarem para programas televisivos. Forma de tornarem a estupidez conhecida por aqueles que se borrifam para as redes sociais. Fazem entrevistas a figuras da nossa oca praça, retiradas daqui e dali do Facebook e Youtubes, as quais ficam agradecidas pela publicidade gratuita a que se acham com direito.
O programa da rádio Antena 3 que saltou para a TV, RTP1, é um fracasso do canal. Prova Oral TV estreou-se em fevereiro deste ano tendo registado uns miseráveis 1,2% de rating e 5,0% de share. Ontem Fernando Alvim procurou altas competências intelectuais com notas de dezanove em cursos, diziam, uma até faz Stand up Comedy. Esta modalidade, que se introduziu desde há algum tempo no burgo dos tugas, por uns jovens engraçadinhos que ainda andam por aí que se iniciaram na escola a fazer patetices para fazer rir os colegas da turma.
Mas não nos aflijamos porque num dos canais da BBC, canal público do Reino Unido, também transmitiu um espetáculo do género ainda mais ordinário e de qualidade duvidosa, com sala cheia, onde todos se riam sem saberem que eram eles, os espectadores, que estavam a ser gozados pelo “ator” que fazia Stand up.
Portanto, caros(as) leitores(as) não se aflijam, ainda não descemos ao inferno da baixa qualidade transportados pelos que acham que fazem humor.
Só falta que mandem para o c. e chamem f.d.p. aos espetadores que lhes pagam o salário e todos se riam e batam palmas.
Não tenho jeito nenhum para fazer humor. Digo como toda a gente umas piaditas e não mais do que isso, mas há por aí muitos que se intitulam profissionais do humor e da comédia e dizem ser atores de stand up.
Humoristas e cómicos são vários. Fazem espetáculos aqui e a ali. Enchem salas, dizem. Os seus fãs são um público, normalmente jovem, que assiste e ri-se por tudo e por nada. No palco encontra-se um contador de anedotas, em cada frase que pronuncia constam dois ou três palavrões, senão mais, da coleção do calão lexical português. Aplausos, gargalhadas quase mentecaptas eclodem das salas. Quando tal não acontece esses ditos humoristas e cómicos queixam-se do público e da incompreensão que sentem para com o seu dito humor.
Se eu fosse especialista em classificação arranjaria uma taxinomia para humoristas e cómicos da parvoíce.
Fazer humor é das artes mais difíceis de concretizar. É um papel ingrato no sentido em que não compensa o trabalho que alguns verdadeiros humoristas lhe consagram. Fazer rir é para muito poucos. Quando não o conseguem sentem-se injustiçados, e insistem em fazê-lo apenas para o seu micro público, com o seu fácil e suposto humor anedótico que utiliza a liberdade de expressão que ultrapassa os limites violentando as fronteiras do razoável. Sentem-se com o direito de reivindicar o direito de liberdade de expressão, o mesmo direito que nos assiste a nós, os outros, para os crucificarmos depois em praça pública. A mesma praça pública, aliás, e com a mesma violência.
Um caso paradigmático é o de Hermano José, que foi, e ainda é, um dos melhores humoristas, com o falhanço não previsto quando esteve a trabalhar na SIC e que, para captar audiência passou a descambar para o mau gosto para aumentar, sem sucesso, as audiências.
Mas há outros, vários, que surgiram na esteira dos Gatos Fedorentos e que passaram a estar na moda, tentando repercutir por imitação o seu humor, mas sem sucesso.
Não podemos, contudo, generalizar porque há humoristas com qualidade em Portugal de que Ricardo Araújo Pereira é paradigmático.
A cada duas palavras um palavrão bla…bla…, f., bla… bla…, c., bla…bla…, p., bla…bla…bla… f.d.p., etc. e por aí fora. A assistência ri-se, bate palmas, vibra, não sei se das anedotas, dos palavrões ou se da figura do humorista. Tal é o caso do asneirento tal Fernando Rocha esse senhor que se intitula humorista e cómico do qual uma televisão transmitiu no passado mês de maio, já a altas horas, um espetáculo.
Se baixassem as calças e mostrassem o rabo para o público então seria a desbunda total da risota e o ponto alto da comédia.
Há também o humor do mau gosto que fazem piadas sobre acidente reais como o acidente autocarro na Madeira sem o mínimo respeito pela tristeza alheia.
Humoristas como estes reduzem-se a fazer graça e gracinhas com vídeos que publicam no Youtube e conseguem milhares de visualizações a maior parte são adolescentes na fase em que apreciam graçolas sem tino. Outros vão lá por curiosidade, para ver como é, e abandonam, se forem milhares de curiosos não interessa, o certo é que contam. Há também aqueles que se alimentam do falso humor, que gastam o seu dinheiro a comprar bilhetes para espetáculos acabando por encher as salas. Estes estão a contribuir para aumentar o ego de muitos falhados humoristas cómicos.
Não, não sou puritano nem moralistas, eu próprio digo f. e p. quando é preciso. Mas, por favor vejamos os contextos.
Olá pessoal fixe! As minhas ausências prolongadas são devido a não ter tempo para tudo. Sim, os afazeres são muitos. Gostariam que lhes contasse tudo sobre a minha vida privada, mas desenganem-se. Isso não vai acontecer.
Se eu fosse como alguns(mas) que há por aí contava-lhes tudo e mais alguma coisa mesmo que fosse inventado, tipo romance intimista. Tão a ver? Ou então falava de outras coisas tão banais e displicentes como o desaparecimento da Maid Mccan fazendo comentários lamentáveis. A minha fruta ácida não chega a tanto.
A única coisa que lhes digo é que depois da páscoa saí do bulício de Lisboa e vim para a calma do interior da Beira Alta onde me encontro no meio dos passarinhos que chilreiam saltitando de árvore para árvore no meu jardim, e onde as flores do sabugueiro do pátio interior perfumam o ar em redor.
Este pequeno paraíso para onde de vez em quando fujo, para o manter como tal, dá trabalho e consome tempo porque, como sabem, um é consequência do outro. Com certeza que já se deram conta a dizer para os vossos botões, ou para quem os escute, que «não tenho tempo para realizar o trabalho que tenho para fazer» ou «tenho tanto trabalho que não tenho tempo para tudo». É isso mesmo! E, para além disso, há que manter atualizados dois blogs.
É por isso que não entendo como alguns(mas) conseguem ter tempo para escrever páginas de texto no meio duma vida familiar atarefadíssima com viagens, anúncios, conselhos, arrumações e decorações de casas e escrever livros sobre isto e aquilo que muitos(as) gostam de ler, (há gostos para tudo), eu sei lá! Ás vezes até penso que é tudo ficção. Mas, claro, se apresentar umas fotografiazinhas do que se passa em minha casa tudo passa a fazer sentido e deixa de ser ficção.
Como gostaria também que me pedissem conselhos sobre como colocar um centro de mesa para um jantar chiquérrimo que vou oferecer a uns meus amigo, ou que mala comprar que dê com meu vestido ou casaco amarelo e, ainda, como fazer sobressair os meus olhos verdes e, aproveitando aconselho uma marca que patrocino para ver se me cai qualquer coisa no meu mealheiro. Estão a ver? Tipo aqueles programas em que se recebem e leem cartas do correio sentimental dos(as) leitores(as) e depois se dão conselhos.
Ser uma espécie de figura com visibilidade lá por que se tem um blogue popularucho e ser convidado(a) para aqui, e para ali, a quanto obrigas!
Pois é, meus caros(as) leitores(as) a vida de um(a) blogger de futilidades é dura. Tem de convencer quem o lê com ocas narrativas que pareçam bem fiáveis e autênticas. É um desafio de marketing e técnica publicitária.
O mais terrível, se é que se pode considerar como tal, é quando esses(as) bloggers se armam, sim, armar é o termo correto, em conselheiras tipo psicólogos(as) e professores(as) e, às vezes, até de médicos(as).
Há também os outros e outras, os(as) jovens que acham que têm humor e entram-nos pelos ecrãs da televisão com a pretensão de fazerem novas escolas de comédia. Aparecem por aí a fazer stand up’s sem graça nenhuma a não serem a deles próprios. Mas atenção, quem vai assistir é porque lhes acha piada. Afinal são sempre as mesmas à base do humor de baixa qualidade com laivos de ordinarice, contudo a assistência ri-se, ri-se muito! Talvez deles próprios. Fazer rir é mais difícil do que fazer chorar daí o recurso ao dito humor fácil. Não menciono nomes, mas vocês sabem quem anda por aí.
Vi outro dia uma gravação de uma espécie de espetáculo humorístico gravado no final do ano de 2018, o Roast Toy, espetáculo de comédia em que a figura principal é alvo de piadas, onde Toy foi essa figura e onde é gozado em público. Provavelmente pago para isso. As coisas nadam más para o “pimba” apesar do verão estar quase a chegar. Também lá se encontravam outros ditos cómicos, de comicidade duvidosa e, espantem-se, também lá estava uma tal e conhecida blogger, não sei se apenas a assistir ou também para ser gozada. É uma doçura que também deve achar que o seu blogue tem humor e sarcasmo. Uma coisa tem, decerto, são “clientelas” da vulgaridade e da superficialidade para o blogue e para as marcas que nele inclui. E lá são divulgadas tantas coisas boas, bonitas e práticas!… Todas novidades fresquinhas. Vamos lá raparigada a abrir os cordões à bolsa, tudo em força a comprar, ajudem lá o blogue! Vamos lá mudar o look com umas compritas para depois receberem elogios ao dizerem-lhes que ficaram lindaaaas… Tirem depois umas fotografias cheias de pose e ponham-nas no Instagram ou enviem para publicação num dos blogues das doçuras. Não enviem para aqui por que isto aqui é muito amargo.
Estamos na primavera vamos lá gastar o dinheirinho com as recomendações dos doces blogues. No final sempre podem depois dizer que o mês tem mais dias do que o salário…
Não tenho jeiteira nenhuma para humor nem para fazer piadas, e se alguma vez tento fazê-los são deles destituídos. Há muitos por aí a tentar fazer graça sem graça nenhuma e lá vão arranjando uns “cacaus” aqui e ali, graças aos que os vão vendo e ouvindo. As graçolas estão na moda. É por isso que este sítio nada tem a ver com humor nem com piadas é, simplesmente, algo azedo por vezes com um toque agridoce. Não, não sou contra os humoristas, nem contra o humor de qualidade que até me faz rir a bandeiras despregadas.
Mas também não aprecio lá muito os e as que contam a história da vida ou do blog onde escrevem porque isso se torna uma grande seca e não traz mais valias a não ser para quem nos utiliza como uma espécie de clientela que através de clikbaits gera receita de publicidade on-line.
Muitos dos blogs que por aí proliferam são uma espécie de textos e imagens de revistas cor de rosa que elas leem e, raramente, eles. Nos cabeleireiros delas, abundam as revistas onde são constantes notícias sensacionalistas com os nomes dos famosos, colunáveis e figuras públicas que são avidamente lidas ao som de zumbidos dos secadores apontados para as suas cabeças. Ler essas revistas é como tragar autênticas doçuras que me provocam acidez.
Vejam-se também os blogs cujos conteúdos são do mesmo tipo e os nomes associados a flores, doces, frutas, pipocas e até nomes que revelam uma dose de narcisismo. Dirão vocês: mas este onde escreve também tem nome associados a fruta. Ah! Pois é, mas é azedo, é ácido! É por isso que talvez não o leiam como o fazem com as revistas cor de rosa porque não vende sonhos. Ninguém compra sonhos azedos.
Os jornais queixam-se de falta de leitores, mas as revistas, cujos conteúdos são autênticos mexericos sobre os chamados colunáveis, são devoradas ao ritmo do crescimento de ervas daninhas na primavera. Eu, cá por mim, fujo delas como o diabo da cruz.
Há também os comentadores da televisão, como o Cláudio Ramos que fala de bisbilhotices e especialista no lançamento de farpas que diz ser: Comentador. Apresentador. Escritor. Cronista. Criador… É quase um daqueles homens do Renascimento, um autêntico polímato, como Leonardo da Vinci. Apenas lhe falta pintar, fazer escultura e inventar qualquer engenho.
O que interessa para o cálculo do índice de felicidade duma população quem casou com quem, ou que o ator X se separou de Y e que vai ter um menino ou uma menina de Z. Isto não é mais do que a condição agravada do reaparecimento de carateres que pertenciam a gerações antepassadas e que, nos nossos dias, seria suposto terem já deixado de se manifestar.
É a bisbilhotice e o voyeurismo da vida alheia sobre as chamadas figuras públicas. Mas o que é, afinal, uma figura pública? O conceito é ambíguo! Se eu tiver milhões de visualizações numa merda de um vídeo que coloquei no Youtube, ou pelo que escrevo nesta treta de blog, serei convidado por um qualquer canal de televisão para uma entrevista num programa da manhã ou da tarde, para onde uns tantos convidados da terceira idade são convidados a participar, passando a ter um estatuto próximo de figura pública ou quase. Se eu falar de mim, da minha vida privada e escrever a puxar ao sentimento e à emoção, mesmo que invente, tenho leitores pela certa. Não interessa a qualidade, mas a quantidade da audiência.
Os conteúdos das revistas cor de rosa que elas, e eles, mas estes são poucos, leem são todos muito importantes e fico muito feliz quando leio que as cadelas da Rita Pereira são amigas e protegem o seu filho, ou que os “duques de Sussex abandonam casa de campo e cancelaram o arrendamento da sua segunda casa, na qual têm passado muitos fins de semana”, ou, ainda, que “já é possível comprar os pratos comemorativos do casamento da princesa Eugenie” e que “a loja de lembranças do Palácio de Buckingham tem um conjunto de chá disponível por ocasião do enlace da filha do duque de York, que teve lugar no passado dia 12 de outubro, no Castelo de Windsor”. Estou-me nas tintas para isso, mas se vocês gostam então podem clicar nos respetivos links. A democracia também é isto, deixar que os outros se empanturrem de coisas boas. A propósito, há blogs que, talvez com receio da fuga dos leitores, não colocam links para sítio nenhum.
As lágrimas de alegria e contentamento também são bem-vindas. Deixar que as emoções dos outros nos cheguem até nós, e alegrarmo-nos com isso como uma espécie de opiáceos que nos fazem deixar de pensar nas nossas tristezas ou alegrias contentando-nos com as de outros, como as de Rita Pereira em lágrimas ao apresentar o filho ao bisavô, são uma gratidão.
Sábado passado, 19 de janeiro, Manuel Luís Goucha revelou algumas imagens do seu monte no Alentejo e chegou mesmo a mostrar o “quarto da rainha”, que se destina, segundo o apresentador, a Maria Cerqueira Gomes. “O quarto da rainha! À espera da Maria!”, escreveu o apresentador. Caíram-lhe em cima, salvo seja, nas redes sociais. Parece que os seguidores não gostaram da proximidade que já está a ser criada entre Goucha e a sua nova companheira das manhãs e rapidamente surgiram comentários que acusavam o apresentador da TVI de estar a atacar Cristina Ferreira com a publicação. Tudo isto está na Gente que pode ver aqui. Mas não se pirem, senão passo a fazer como outros autores que não colocam links para lado nenhum.
Todas estas tricas, futilidades, nicas, como lhes quiserem chamar, fazem parte de estratégias para captar audiências. E, para alguns dos protagonistas destas revistas, o lema é: não me importa que falem mal de mim, o que quero é que falem.
Nas ditas revistas fala-se muito de amor, de sexo e de telenovelas para marcar o apetite para os próximos episódios. O amor e o sexo têm o seu espaço nestas revistas, e não é pouco, dá até para grande parangona. Eles são a VIP, a Maria, a Nova Gente, a Ana, a TV7, etc..
Vamos ver alguns casos muito edificantes enquanto temas:
QUANDO O AMOR É FORTE MAS A RELAÇÃO NÃO VENCE. «SEI QUE ELE É O HOMEM DA MINHA VIDA, MAS NÃO SERIA FELIZ COM ELE». Uma capa com este título é venda certa, assim como o serão títulos quando Luciana Abreu abre a boca e diz: “Estamos Unidos. Quer usemos aliança ou não.”
Capa da Revista VIP. Edição 19/01/2019
Depois há artigos muito profundos como o da Nova Gente em que se coloca a questão de saber “Se me amasse, deixaria essa vida de ‘engatatão’…” Achava isso! Mas não. Ele não era mesmo um homem de uma mulher só”.
Há sempre alguém que nessas revistas tem direito a um título como este da TV 7 Dias: Mia Rose “Está a dar que falar”. Caraterização de Mia Rose em programa da SIC está A DAR QUE FALAR!
Foto TV7Dias
A cantora foi desafiada a “encarnar” o cantor britânico Ed Sheeran e deixou tudo e todos de boca aberta. Vejam só! Que delícia! A notícias também me deixou com a dita aberta. Ai é? Então toma lá a resposta: “O que é que acharam da vossa “Ed Sheeran” portuguesa? Gostaram da atuação? Foi feito com alma, coração e…barba!!”, escreveu a cantora na legenda da fotografia que partilhou nas redes sociais.
Para para quem gosta de saber da vida alheia aqui vão mais estas da TV7Dias: “Kika Gomes anuncia GRAVIDEZ INESPERADA do primeiro filho”.
Kika Gomes surpreendeu tudo e todos quando deu a conhecer o novo amor. Agora, a felicidade da jovem aumentou com a primeira gravidez.
Fotografia TV7Dias
De facto, fiquei surpreendido, e também contente, porque o amor da Kika, ao ficar por cima, aumentou. Vá lá, deixem-se de malandrices, não devem ler literalmente! …. Quero dizer que o novo amor se sobrepôs a tudo…
Vejam agora como a sociedade apresenta tristes contradições! “Carina Ferreira NÃO QUER TER
Fotografia TV7 Dias
FILHOS: “Não tenho paciência para crianças”. A ex-concorrente de Casa dos Segredos e vencedora de “O Reencontro”, da TVI, já provou não ter papas na língua. Desta vez, fala sobre a que pensa da maternidade. Cá vai a piadinha ácida: então Portugal tem falta de bebés e a natalidade é baixa e ainda há quem não queira ter filhos. Que falta de patriotismo.
Os, e as, protagonistas de programas aberrantes passam a ser figuras públicas e têm lugar de destaque neste tipo de imprensa é porque há procura.
E o “Pedro Carvalho que se veste de SEM-ABRIGO e vai para as ruas. Saiba tudo!”. “O ator, viveu uma noite com os sem-abrigos e percebeu que, apesar de tudo, ainda há pessoas com coração que ajudam quem não pode.”, diz a TV7Dias.
E os horóscopos!? Ai os horóscopos!... Isso é que é um delírio, não os perco. Faço tudo o que me dizem para fazer, só que tenho um problema. Cada um diz-me que faça ou antevê uma coisa diferente e fico entalado sem saber qual seguir.
Enfim, ainda há quem tenha tempo para ler isto enquanto livrarias fecham e jornais estão à rasca e arriscam fechar portas. Como eu adoro reportagens ou entrevistas sensacionalistas, falsas, exageradas de factos e acontecimentos, cujo objetivo são apenas as audiências.
publicado às 16:43
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