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A Fruta mais Ácida

Lugar onde se vende toda, ou quase toda, a fruta com que a sociedade nos premeia. A fruta doce e a ácida estarão expostas à mistura com algum mel.

A Fruta mais Ácida

Lugar onde se vende toda, ou quase toda, a fruta com que a sociedade nos premeia. A fruta doce e a ácida estarão expostas à mistura com algum mel.

14
Mar19

Ai, como isto me afeta!

Manuel_AR

Namorar com agricultor_SIC.png

Hoje deu-me para gatafunhar sobre doçuras pipoqueiras que falam de novos programas televisivos. Como é que eu não me lembrei disto: escrever e relacionar o Dia Mundial da Mulher com “horribilis” programas como "Quem quer namorar com o agricultor?" (SIC) e "Quem quer casar com o meu filho?" (TVI). Houve, todavia, quem, muito dado a pipoqueiras doçuras que o fez porque se escandalizou e transformou a doçura em acidez. Só gostava de saber por que é que o tema foi badalado em alguns sites de notícias de jornais como o jornal Sol e o Notícias ao Minuto. Pode ter sido do tipo: vou falar disto porque assim vão falar ainda mais de mim e eu necessito de publicidade como pão para a boca.

Programas televisivos do género reality show do tipo “horribilis” nos dois canais já houve vários. E blogues do tipo doçuras protestaram? Não. Até que também é bom e divertido ver lixinhos televisivos. Naturalmente! Só agora é que bradam com porras de limites ultrapassados por aqueles dois programas. Se concordo com este tipo de programas? É claro que não. Sou visceralmente contra. E não vejo apenas a RTP2, nem tenho pretensões a ser intelectual nem jornalista de meia tijela, quanto mais um bom escritor de coluna social publicitária com ares de seriedade. Ser oco também nunca foi a minha pretensão nem escrevo sobre consumismos e modas vãs que se vendem por haver sempre quem compre.

Os canais de televisão estão no seu direito de fazer pela captação de audiências, compete-nos a nós todos contribuir para uma educação cultural e seletiva dos gostos. Não basta criticar os programas porque nos ofendem ou porque não gostamos, ou porque achincalham as mulheres porque a onda, de momento, passou a ser a defesa intransigente da mulher, e está “in”.

Os homens com o cérebro do tamanho de um amendoim são os que assentam na apreciação de mulheres apenas como entes físicos, como se não as houvesse também mulheres com cérebros com tamanhos ainda mais pequenos do que amendoins. Não, não, estou a dizer que, se é loura, logo, é burra.  Homens e mulheres cada um é como cada qual. Cliché, também este, oco de raiz porque o que está em causa tem a ver com o ADN, a formação e a educação.

Se as televisões lançam para o ar esses programas é porque têm audiências que os vêm, mesmo que alguns(mas) desses(as) até gostem de ir apreciar obras ao Museu de Arte Antiga, assim como também há quem goste de ler blogs cujo conteúdo anda pelo mundo das pipoquices, isto é, o de privilegiar o ter, em vez do ser, e o vazio mundano do dia a dia da frivolidade.  Cá estou eu com filosofias baratas.

Em vez da complementaridade dos papéis surge uma luta radical feminista pela sua inversão. Há, todavia, um que não permitirá a inversão total: é o de trazer crianças para o mundo. Quem nos diz que daqui a dezenas de anos não irá surgir um movimento radical “masculinista”. Este termo existe no dicionário e nada tem a ver com machismo.

Aquele tipo de programas são uma vergonha para as mulheres. E para os homens? Ah! Lá, isso não! Contentem-se apenas com o não se reverem neles, nos protagonistas dos ditos programas.

À parte a igualdade de direitos e oportunidades, às vezes questiono-me se os homens alguma vez compreenderam as mulheres e se, alguma vez, as mulheres conseguiram compreender os homens enquanto seres psicologicamente diferentes, no amor, nos interesses, nas finalidades, na forma de sentir e também desiguais, nas atitudes, nos comportamentos, etc., etc.., porque seres humanos diferentes no género.

Ficou por aqui com a acidez porque senão ainda me chamam aquilo que não sou.

19
Jan19

História dos 345.600 segundos do blog “A Fruta mais Ácida” ou conversa da treta de que mais se gosta

Manuel_AR

Horas do blog.jpg

O blog faz hoje quatro dias, ou três, já nem sei, e até agora, nada de novo! Ainda tem uma história muito curta, mas se transformarmos o tempo da sua existência em segundos é mesmo muito longa. Vejam só: 345.600 segundos, uma eternidade! Como é que isto aconteceu?  Um dia, ao acordar, senti um amargo de boca, sei lá se foi do jantar do dia anterior ou se foi do que vi na televisão! Então pensei: vou escrever mais um blog. Sim, ainda tenho outro, mas não digo qual!

Se contasse aqui as patranhas relacionadas com este recém-nascido blog e, se gastasse por cada uma dez minutos, daria para cada uma 600 segundo. Bem podem esperar! Imaginem se eu tivesse este blog há 15 anos. Chiça!!!

Sei muito bem como é que a ideia me veio à cabeçorra. Iniciar este blog foi tudo muito espontâneo, vivo e orgânico, foi ao acordar, tipo sonho, tão a ver? Cuidado com as falsas interpretações da palavra orgânico. É que agora tudo é orgânico, eles são as músicas de bandas que por aí proliferam, são as escritas dos livros a que antigamente se chamavam de cordel, são as dietas, são os produtos biológicos, eu sei lá… A palavra é um sinónimo figurado de "modo natural, espontâneo".

Então, dizia eu, ao acordar, pensei: «sou muito orgânico, sou “muita bom”, vou escrever um blog». E assim foi.

Gostava de escrever como um jornalista, como esses que fazem humor com coisas sérias, mas não sou, nem nunca fui, apesar de gostar de ter sido. Ser jornalista de investigação era o meu sonho, como a Ana Leal da TVI. Teria amor por aquilo que faria, despido de preconceitos ideológicos e políticos, pleno de isenção, acusando e condenado logo nas minhas reportagens todos quantos eu desconfiasse ou julgasse que estariam envolvidos em corrupção. Tipo Correio da Manhã, estão a ver? Como ela, teria um olho sempre virado para o mesmo lado. Não, não sejam maliciosos, ou maliciosas, não é esse, é aquele outro, o da cara que, qualquer dia, até fica estrábico de tanto olhar para o mesmo lado. Eu seria uma espécie de justiceiro no jornalismo como eram os vigilantes nos EUA na “caça” ao mal e às etnias.

Como estava a dizer já devia ter publicado esta história ontem, mas interrompi porque fui ao teatro. Sim, ao teatro, têm alguma coisa contra isso? O que fui ver? “GOD” com Joaquim Monchique. Como me fartei de rir! A peça foi criada para a Broadway, em Nova Iorque, encenada por António Pires sendo o texto da autoria de David Javerbaum, um dos argumentistas que costumava trabalhar com John Stewart no “The Daily Show”. Recomendo vivamente  a peça GOD que está em exibição no Teatro Villaret.

Teatro_GOD.png

Fonte: Força de Produção

A peça foi também interpretada. no Brasil, por Miguel Falabella como podem ver aqui.

Bom, continuando.  Quando comecei a escrever este blog, há três dias, ou seja, há 345.600 segundo, eu já não era jovenzinho, era mais como fruta madura, mas não ácida. Acho que foi o escrever no blog que me converteu em ácido como o vinagre, mas com um toque de balsâmico.

O que fiz, fazia, ou faço e os meus cursos não interessam aqui para nada. O que interessa é que agora escrevo neste blog. Isto de escrever em blogs não é fácil! Se tivesse tirado o curso de Comunicação Social, e tivesse sido jornalista, a coisa pintava mais fino. Assim, como não conheci, nem conheço, ninguém do jornalismo, nem tenho amigos no meio que passem a palavra a outros sobre o blog a única visualização do é a minha.

Se houvesse leitores para este blog caberia aqui falar sobre mim, e sei que teriam curiosidade de cuscar sobre a minha vida profissional e privada. Ora, como já disse anteriormente, lá isso é que não, já me bastam os cuscos dos meus vizinhos e as cuscas das minha vizinhas, sem ofensa para eles, e para elas. No entanto deixo aqui uma ressalva, caso, por milagre, algum ou alguma venha um dia a ter acesso a este blog, digo publicamente que vocês são os melhores vizinhos do mundo. São mesmo!

Uma coisa é estar a escrever para mim a pensar que ninguém irá ler; outra é eu dizer logo que muitos irão ler o blog porque escrevo coisas com muita piada e muito interesse.  O tanas! Se tivesse muitos amigos e amigas lá de fora, e teria muitos se fosse jornalista, saberiam tudo sobre mim e partilhavam uns com os outros o que escrevesse. Que emoção, não era!?

Assim, o leitor já não seria apenas um, eu!

Se alguma vez alguém chegar a ler o blog perguntará qual o seu objetivo e o porquê do seu nome? A resposta é: não sei! Acordei para aí virado. Talvez tenha sonhado com algumas das doçuras que para aí há e resolvi tornar tudo mais amargo e ácido e, daí o nome do blog. Divertir-me à grande é que não foi. Porra, só o trabalho que isto me dá tirava logo o carrinho da chuva. Divertir os outros? Como assim, eu sei que não tenho graça nenhuma!

Se escrever e alimentar um blog dá muito trabalho e não tenho graça nenhuma então para que diabo é que isto serve? Deixo isso como uma adivinha para alguém que alguma vez o leia. Se isso acontecer deixou desde já o desafio para tentar adivinhar e responder-me. Mas cuidado, porque tudo quanto for uma linguagem de “porra” para cima são logo colocados filtros de censura. Só eu é que posso escrever tudo o que me apetecer, sem me interessar nada de quem fique chateado.

Só há uma coisa de que tenho medo, é de brigas. Este sítio também pode servir para provocar brigas, e isso é uma doçura, porque, assim, posso dizer mal de tudo e de todos arriscando-me apenas a levar um murro virtual. O mesmo não direi quando a Inteligência Artificial chegar a um ponto tal em que uma Robot Sophia em presença me possa dar um murro na tromba.

Gostaria de exprimir aqui emoções fortes, mostrar afetos, mesmo pelos que me mandem à merda depois de lerem isto. Exprimir afetos, emoções e tudo o que puxe à lagriminha fácil dos eventuais e possíveis leitores, não é a minha cadeira de baloiço. Para isso já têm as novelas da SIC, TVI, RTP1 e, se não chegar, têm, também, as ininterruptas novelas da Globo.

Por hoje fico-me. Amanhã cá me venho por aqui outra vez. O português é, de facto, uma língua muito, mas muito, traiçoeira.

 

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