Vendedores da era digital
Aqui estou de novo desta feita para falar de uma nova moda ligada à promoção de vendas que adotou mais uma vez um nome inglês. São os influencers, os vendedores da banha da cobra da era digital.
As manigâncias utilizadas para vender o que se torna apetecível para comprar que às vezes não é necessário são mais do que muitas para atrair totós como eu, por exemplo, cuja experiência já não me deixa cair facilmente em tentações influenciadoras.
Alguém que consegue influenciar outras pessoas, seja para comprar determinado produto, assumir alguma postura ou refletir sobre assuntos específicos é um “influencer” digital. São formadores de opinião que usam os canais de comunicação para transmitir para o seu público o que pensam, o que fazem e o que sabem, levando outros a segui-los por imitação.
Os “influencers”, em português influenciadores, ou lá como lhes queiram chamar, utilizam vários truques, nomeadamente em blogs ditos intimistas e pessoais, espécie de artimanhas para atrair moscas, leia-se descuidados.
Há de tudo, e tudo serve para influenciar e sacar “massa” aos incautos. Se se perguntar se é tudo mau, não, não é, mas será que é necessário? E será de melhor qualidade do que aquele outro que vimos numa outra loja ou site de um conceituada marca, daquele produto, seja de moda, seja de cosmética, seja de tecnologia, etc..
Tudo serve para nós, pobres totós, cairmos na armadilha e nos deixarmos influenciar. Quem ganha são os “influencers”, que também têm direito à vida. Por essa blogosfera há vários e várias que, tal como eu, se acham os e as maiores. O meu caso, devo esclarecer, sou o maior, mas cá por baixo…
Eles andam por aí metidos em tudo quanto possa sacar dinheiro aos(às) pobres incautos(as). Ele é realização de palestras, workshops e consultorias, veiculação de anúncios nas suas páginas ou blogs, enfim, tudo o que seja matéria que possa ser vendável, mas sobretudo a moda e toda a espécie de acessórios.
Diariamente há quem faça publicações que mostram um novo maravilhoso batom cuja própria também usa, ou os seus recentes, maravilhosos e incríveis ténis, ou um inovador tratamento de beleza que as suas seguidoras, dizem, não podem também deixar de experimentar. Isto, claro, é para elas, mas também pode ser para eles!
Ainda há quem, depois de muito dinheiro acumulado, decida criar a sua própria linha de vestuário ou de qualquer outro produto. Contudo, de forma surpreendente, a(o) “influencer” pode não conseguir vender um número mínimo para que as encomendas pudessem resultar.
Os lamentos para convencer vêm depois através do aproveitamento emocional dos seus seguidores ao escreverem que têm o "coração despedaçado" com a falta de vendas do seu produto e, de forma mais ou menos intimista escrevem: "Eu sabia que seria difícil, mas vocês estavam a dar-me um feedback tão positivo que eu achava que as pessoas gostavam e iam comprar". E, não contentes, acrescentam: "Ninguém manteve a sua palavra e, como tal, não pude aceder aos pedidos das pessoas que fizeram uma compra e isso está a partir-me o coração", bla, bla, bla!
Há quem comece a duvidar da fiabilidade da publicidade que youtubers, instragammers e outros influencers fazem nas suas páginas a determinadas marcas, por mostrarem situações que, muitas vezes, não correspondem à sua realidade por não conhecerem nem comprovarem realmente os benefícios de determinado produto.
É a estratégia de aconselhar dizendo que lá em casa já experimentou, que se deu muito bem, e que até os seus(suas) melhores amigos(as) já experimentarem e que resultou imenso. Poderia apontar vários sites e blogs, mas não vou fazê-lo para não estragar o ganha pão de meninos e meninas muito bem, chiquérrimos(as), da nossa praça que conseguem ter milhões de visualizações e milhares de “gostos”. Por outro lado, ainda escreviam por aí que eu tinha era inveja de não ter tantos seguidores e “likes”, já agora em inglês também tenho direito.
O que acho seria dinheiro em caixa era escrever um livro, já que há tantos(as) songamongas, como eu seria se o fizesse, a escrever livros cujo título poderia ser “Influencers para Tótós”.
Para terminar aqui vai uma influenciazinha para elas (para eles vai na próxima) da Revista Vogue, esta sim, de origem:
As camisas brancas saíram à rua
Para nos provarem porque é que são a peça indispensável no guarda-roupa de qualquer mulher. Do estilo mais boémio ao mais clássico, fomos ao street style perceber como é que as estrelas desta passerelle alternativa vestem camisas brancas.
Patti Smith na capa do célebre álbum Horses, Uma Thurman em Pulp Fiction, Diane Keaton em Annie Hall de Woody Allen, Angelina Jolie em Mr. and Mrs. Smith, Julia Roberts em Pretty Woman, Susan Sarandon em The Client. Esta lista é daquelas que não tem fim e não é difícil perceber o porquê. “Na dúvida, tudo fica bem com uma camisa branca,” disse Victoria Beckham. Já Elizabeth Taylor foi mais assertiva, afirmando que “todas as mulheres deveriam ter uma camisa branca no guarda-roupa.”….